SE AS PESSOAS GOSTAM DE JOGOS, DE REALIDADE VIRTUAL OU DE TECNOLOGIA, PORQUÊ QUE VAMOS INSISTIR QUE APRENDAM COM BASE NUM DOCUMENTO PDF? CONSIDERAR DIGITAL APENAS POR ESTAR DISPONÍVEL ONLINE?
COMO É QUE CONVENCEMOS OS RESPONSÁVEIS DE RH OU AS CHEFIAS DE QUE A FORMAÇÃO VAI SER UM JOGO E TOTALMENTE ONLINE?
Dos mais novos aos mais velhos, com mais ou menos qualificações, mostram de imediato resistência e acreditam que aprender é numa sala, sentados a assistir a uma apresentação. Neste contexto, torna-se difícil para as entidades formadoras assumirem o investir em tecnologia porque a resistência é muita, no entanto, seria muito mais eficaz.
A formação é vista (muitas vezes) como um desperdício de tempo e, às vezes, até é porque os departamentos de RH não fazem o trabalho de analisar as reais necessidades e, com essa análise, deviam promover formação adequada e com retorno do investimento para a organização.
A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL NO SETOR PEDAGÓGICO ENVOLVE MUITO MAIS DO QUE A LIGAÇÃO À INTERNET E PRECISAMOS DE EDUCAR A BASE, OS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO/ FORMAÇÃO SEJAM AS ESCOLAS OU AS ENTIDADES FORMADORAS.
Urge capacitar estes profissionais para os desafios da formação à distância, desde a importância da comunicação visual, o design dos materiais até ao envolvimento e estímulo dos participantes. Se cada um de nós fizer o exercício de se manter focado numa única tarefa básica – a leitura – e resistir ao diferentes estímulos a que estamos sujeitos como o telemóvel a tocar, as notificações das redes sociais, a pessoa que está ao nosso lado, percebemos que se pretendemos prender o público ao ensino à distância precisamos de roubar mais a sua atenção do que todos estes estímulos e a
única forma de o fazermos é envolvendo o próprio na criação do seu conhecimento e isto sim precisa de ser alvo de investimento. Não basta alocarmos milhares de euros em programas de formação financiados por fundos europeus de depois não fizermos uma real avaliação do contributo que teve para o país.
Para uma entidade formadora como a Índice Máximo, o desafio está em fazer entender ao seu público (empresa e particulares) das potencialidades de usar a tecnologia em prol do desenvolvimento: imagine-se uma formação de gestão e organização de armazém com recurso a drones no próprio espaço e em realidade virtual? É caro? Tudo depende do retorno que este investimento vai trazer às empresas. Não será mais caro a baixa produtividade? Os procedimentos obsoletos? Ao apostarmos na tecnologia e ao confiarem na qualidade do investimento é inegável a poupança seja nas deslocações ou na necessidade de parar uma equipa porque é dia de formação. Isto já não está a funcionar, mas ainda persiste a ideia de que é o ideal. Conduzir uma máquina através da realidade virtual, de jogos, simuladores e aprender em simultâneo? É possível e cativa o utilizador a aprender.
NA COMPONENTE TEÓRICA, É PRECISO COLOCAR AS PESSOAS A MEXER, ENVOLVÊ-LAS, QUESTIONÁ-LAS SEM CONVERSAR COM ELAS NAQUELE MOMENTO E ESSE É O NOSSO DESAFIO E TAMBÉM É DAS ESCOLAS, O CHAMADO ENGAGMENT.
Atualmente, quando criamos um curso estamos a criar conteúdo que precisa do “like”, da imagem ao áudio, temos de fazer uso de tudo e em todas as plataformas. Não somos só formadores, somos criadores de conteúdo de aprendizagem, não há como evitar.