SOUTHCAP – “GESTÃO ATIVA E SUSTENTÁVEL A TRANSFORMAR O IMOBILIÁRIO PORTUGUÊS”

COM CERCA DE 900 MILHÕES DE EUROS SOB GESTÃO DO GRUPO SOUTHCAP, A SOUTHCAP SGOIC AFIRMA-SE COMO UMA SOCIEDADE GESTORA PREMIUM, FOCADA NA VALORIZAÇÃO DE ATIVOS EMBLEMÁTICOS E NA INTEGRAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE EM TODO O CICLO DE INVESTIMENTO. ANA CAPÃO DESTACA A APOSTA EM GESTÃO ATIVA, INOVAÇÃO E CRITÉRIOS ESG COMO PILARES ESTRATÉGICOS PARA CRIAR VALOR NUM MERCADO EM TRANSFORMAÇÃO, ONDE EFICIÊNCIA, RESILIÊNCIA E RESPONSABILIDADE AMBIENTAL DEFINEM O FUTURO DO SETOR IMOBILIÁRIO EM PORTUGAL.

COMO CARACTERIZA O POSICIONAMENTO ATUAL DA SOUTHCAP SGOIC, S.A NO MERCADO IMOBILIÁRIO PORTUGUÊS E QUAIS TÊM SIDO OS PRINCIPAIS EIXOS ESTRATÉGICOS DA VOSSA ATUAÇÃO?

A SOUTHCAP posiciona-se como uma sociedade gestora premium, cujo valor reside na capacidade de identificar, gerir e potenciar ativos imobiliários emblemáticos. Distingue-se por uma gestão ativa e integrada que cobre todo o ciclo de investimento, desde o sourcing e aquisição até à engenharia, finanças e sustentabilidade, apoiada por uma equipa com mais de 20 anos de experiência.

Focada em ativos icónicos com elevado potencial de valorização, o grupo SOUTHCAP gere cerca de 900 milhões de euros, incluindo edifícios de referência em Lisboa como o Office Park Expo, a Torre Ocidente e o edifício da NOS no Campo Grande. A qualidade e a gestão ativa têm garantido resultados sólidos, com margens NOI acima dos 95%.

A criação de valor é impulsionada pela renegociação de contratos, aposta em inquilinos de referência, modernização dos edifícios e otimização jurídica e fiscal. Para além da gestão de ativos consolidados, a SOUTHCAP tem vindo a afirmar-se no desenvolvimento de novos projetos, como o campus da escola Redbridge, na Ajuda, o primeiro de vários investimentos futuros.

A sustentabilidade é um pilar essencial, com vários ativos certificados e a meta de integrar todos os fundos e empresas sob o Artigo 8 até 2025. Em síntese, a SOUTHCAP é um gestor exigente e hands-on, com histórico comprovado de criação de valor e padrões internacionais de excelência.

QUAIS SÃO, NA SUA OPINIÃO, OS MAIORES DESAFIOS E OPORTUNIDADES QUE O SETOR ENFRENTA ATUALMENTE EM PORTUGAL?

O setor dos escritórios, que representa a maior parte do nosso portfólio, enfrenta desafios como o impacto do trabalho híbrido, a escassez de oferta moderna e sustentável em zonas prime e as exigências ambientais crescentes de investidores e ocupantes. A conjuntura económica e geopolítica também tem dificultado decisões de investimento.

Em contrapartida, surgem oportunidades: maior procura por espaços flexíveis e sustentáveis, reabilitação de edifícios obsoletos e crescimento dos hubs tecnológicos e centros de serviços partilhados em Lisboa e Porto. A automação e os sistemas inteligentes de gestão são igualmente motores de valorização do mercado português.

DE QUE FORMA A SOUTHCAP INTEGRA CRITÉRIOS DE SUSTENTABILIDADE NOS SEUS PROJETOS E DECISÕES DE INVESTIMENTO?

A descarbonização e a resiliência do portfólio são prioridades estratégicas. Integramos critérios de sustentabilidade em todas as fases do ciclo de investimento, apoiados por auditorias e certificações independentes como ADENE, BREEAM e LEED.

Estas avaliações fundamentam planos de investimento responsáveis e alinhados com as melhores práticas internacionais. Todas as novas aquisições são planeadas para cumprir os standards definidos para o portfólio atual, garantindo eficiência, competitividade e alinhamento com as exigências dos investidores e reguladores, contribuindo assim para a transição sustentável do setor.

CONSIDERA QUE O MERCADO IMOBILIÁRIO NACIONAL ESTÁ A RESPONDER DE FORMA EFICAZ ÀS EXIGÊNCIAS AMBIENTAIS E SOCIAIS QUE MARCAM O DEBATE EUROPEU SOBRE SUSTENTABILIDADE?

O mercado tem evoluído positivamente, com mais certificações, reabilitações sustentáveis e integração de critérios de eficiência. No entanto, a maturidade ainda é inferior à de outros países europeus, sobretudo na adoção dos critérios ESG e no enquadramento do Artigo 8 do SFDR, devido aos custos e à complexidade regulatória.

O principal desafio está na adaptação do edificado existente, responsável por grande parte do consumo energético e das emissões. Portugal avança na direção certa, mas é essencial reforçar a colaboração público-privada e integrar critérios ambientais e sociais em toda a cadeia de valor, acelerando a regeneração urbana e o alinhamento com o regulamento europeu.

COMO VÊ A EVOLUÇÃO DAS EXIGÊNCIAS DOS INVESTIDORES E CLIENTES FINAIS EM RELAÇÃO A TEMAS COMO EFICIÊNCIA ENERGÉTICA, IMPACTO AMBIENTAL E RESPONSABILIDADE SOCIAL?

As exigências aumentaram de forma significativa. A eficiência energética e a certificação ambiental são hoje determinantes nas decisões de investimento e de ocupação. Investidores institucionais procuram edifícios sustentáveis, resilientes e que proporcionem uma liquidez elevada, enquanto empresas valorizam espaços que promovem bem-estar e produtividade.

Também cresce a atenção à responsabilidade social, com preferência por edifícios que contribuam para a regeneração urbana e sejam geridos de forma ética e transparente.

QUE PAPEL TÊM AS SOCIEDADES GESTORAS DE ORGANISMOS DE INVESTIMENTO COLETIVO, COMO A SOUTHCAP, NA TRANSFORMAÇÃO SUSTENTÁVEL DO SETOR?

As sociedades gestoras têm um papel central ao canalizar capital para projetos responsáveis que promovem a renovação do parque edificado e novas soluções imobiliárias. Ao integrarem critérios de sustentabilidade na gestão e seleção de ativos, contribuem para reduzir a pegada ambiental e reforçar a resiliência dos investimentos.

Além disso, atuam como agentes de mudança, influenciando promotores, investidores e parceiros a adotarem práticas mais responsáveis.

POR FIM, QUE VISÃO GOSTARIA DE DEIXAR PARA O FUTURO DO SETOR IMOBILIÁRIO EM PORTUGAL, NUMA PERSPETIVA DE CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL E INOVAÇÃO?

O futuro do setor deve assentar num crescimento equilibrado e sustentável, conciliando as necessidades da sociedade, dos investidores e do ambiente. A sustentabilidade é uma oportunidade estratégica de criar valor através de edifícios eficientes, resilientes e integrados nas comunidades.

A inovação será determinante, desde a digitalização e inteligência artificial à criação de modelos flexíveis que acompanhem novas formas de viver e trabalhar.Com investimento, sustentabilidade e inovação alinhados, Portugal poderá afirmar- se como uma referência europeia, unindo competitividade, qualidade de vida e responsabilidade ambiental.