Situada em Almada, a Sunnyclouds dispõe de diversos serviços na área das energias renováveis, com especial foco na energia solar. Paulo Jorge Filipe é o mentor deste projeto que abraçou com dedicação. Hoje em dia, conta com uma equipa de três elementos e sublinha a importância de prestar o melhor serviço ao cliente, tendo presente o fator qualidade.
Fale-nos do seu percurso profissional que o motivou a constituir a sua própria empresa.
No meu 12º ano tirei um curso técnico profissional na Escola Secundária Emídio Navarro, em Almada. Deu-me a responsabilidade da DGEG perante as instalações de técnico qualificado. Depois comecei a trabalhar numa empresa de eletricidade, durante um percurso de 11 anos. Estive em todas as obras emblemáticas, como por exemplo o Hospital das Descobertas, Oceanário, Tratamento de esgotos, ETAR, em Cascais, e estive na Geotérmica, na Lagoa do Fogo, em São Miguel.
Trabalhei na Indústria da Siderurgia Nacional e acabei por fazer o percurso contrário e fui para a construção civil. Fiz o curso de técnico em especialização de obras públicas e só depois fui para a construção civil. Fui sempre evoluindo na empresa mas saí por iniciativa própria.
Posteriormente, dediquei-me às instalações elétricas.
E quando decidiu fundar a Sunnycloulds?
Sempre tive o bichinho de pesquisar sobre novas tecnologias. Em 2017 comecei a estudar os equipamentos de energia solar, bem como as respetivas marcas. Percebi o funcionamento e o proveito que pode ter para o cliente, dependendo das diferentes necessidades.
Anteriormente já tinha atividade por conta própria aberta, mas percebi que era o momento de fundar a Sunnyclouds com foco nas energias renováveis.
Como se faz o processo de consultoria para que o equipamento vá de encontro ao cliente?
Existem várias formas. Em primeiro lugar, podemos analisar a fatura da luz do cliente e tendo em conta o consumo e a exposição solar diária e anual da habitação, defino a potência necessária, tendo sempre em conta a degradação da produção natural dos equipamentos ao longo dos anos. De seguida, decorre a instalação. Nós instalamos de acordo com os valores de faturação do cliente existentes até à data e rentabilizamos a fatura mensal. Em média os nossos clientes conseguem recuperar o investimento ao fim de cinco a seis anos, sempre de acordo com a faturação mensal, com a consciência de que cada cliente é um caso diferente.
Desde 2017, ano em que iniciou atividade, tem ocorrido um crescimento na inovação tecnológica. Quais foram as principais mudanças que notou?
Sim, a inovação tecnológica tem sido muito grande. Em 2019 foi o disparo. O investimento é muito mais rentável com as novas tecnologias atuais e com um investimento menor.
Uma das principais mudanças foram os tipos de células fotovoltaicas utilizadas. As células monocristalinas vieram dar lugar às células policristalinas. As monocristalinas têm maior rendimento. Começou nos 15/17% e hoje já conta com um crescimento de 22%. Por sua vez, a degradação é muito inferior ao longo dos anos é muito inferior e o equipamento é muito mais rápido de fabricar. Além disso, o peso, os materiais e o próprio design foram melhorados.
Todos estes fatores contribuíram para uma evolução grande.
Que garantia dão ao cliente sobre o equipamento instalado?
Antes de iniciar a instalação, verificamos sempre no mercado quais são os painéis mais adequados, mais eficientes e a potência mais adequada para cada cliente.
Os painéis, hoje em dia, têm garantia de 25 anos e já têm a garantia da produção do fabricante até 30 anos, ou seja, os painéis podem durar muito tempo. A degradação do equipamento tem vindo a diminuir e isso coloca os painéis com mais eficiência e mais rendimento.
É importante referir que todos os fabricantes têm os certificados europeus que comprovam que os dados são fidedignos.
Atualmente, quais são os principais mercados em que operam?
Estamos a trabalhar no mercado nacional, desde Carregal do Sal até Burgau.
Antes de irmos para o local, fazemos o pedido de vários elementos, como o quadro elétrico, exposição solar, telhado, para ter noção dos equipamentos que vamos colocar. Assim, quando fizermos a viagem já levamos todos os equipamentos necessários.
Como vê a evolução da empresa e do próprio mercado daqui a dois anos?
Até à atual data, o desenvolvimento tem sido grande. Posso afirmar que este ano o crescimento foi maior, até porque analisamos que as pessoas estão mais recetivas a investir neste tipo de equipamentos por perceberem as suas mais-valias.
Para os próximos anos, a nossa expectativa é que a Sunnyclouds e o mercado continuem a evoluir mas sempre numa base autossuficiente.
Não basta ser diferente. Também é preciso fazer a diferença. Em que aspetos a Sunnyclouds faz a diferença?
Acima de tudo gosto daquilo que faço e quero prestar o melhor serviço a cada cliente, adaptando-me às suas exigências.
Colocamos cada instalação como se fosse única. Cada pormenor da instalação tem de ser diferenciado. Trabalhamos caso a caso, com o máximo rendimento da exposição solar, explicar ao cliente todo o procedimento e colocar o equipamento a funcionar para que não tenha problemas de manutenção. É desta forma que é possível manter a qualidade, o profissionalismo e o perfecionismo, sempre com a garantia dos equipamentos.
