Um acompanhamento de A a Z

Sediada em Lisboa, a SottoMayor Properties nasce pelas mãos da fundadora Catarina Sotto-Mayor. O principal core business centra-se na compra, venda e arrendamento de imóveis mas destaca-se por ser muito mais do que uma mediadora imobiliária. Os objetivos passam sempre pelas necessidades dos clientes e o acompanhamento que lhes é dado desde o início até ao fim, passando pelo pós-processo..

 

Conte-nos o seu trajeto profissional desde a formação até à fundação da SottoMayor Properties.
Eu estudei arquitetura e formei-me em 2011. Quando terminei a formação fiz um estágio numa empresa de construção civil. Após terminar o estágio para a Ordem dos Arquitetos, decidi mudar-me para Londres, porque estava a pensar focar-me na parte de arquitetura sustentável e descobri uma pós-graduação na área. Fui com o intuito de ir para lá estudar passado seis meses mas tentei arranjar trabalho na área. Eu fui em plena crise e não havia trabalho em nenhum atelier, então comecei a trabalhar como tradutora de português-espanhol para uma empresa espanhola. Nessa altura, estava na fase de inscrição para a pós-graduação em arquitetura sustentável e comecei a pensar se era mesmo aquilo que eu queria fazer e se a arquitetura era aquilo que me apaixonava. Ao final dos seis meses o meu contrato de casa acabou, fiz as malas e voltei para Portugal.

Quando cheguei inscrevi-me num curso de gestão estratégica no ISEG e foi aqui que os meus horizontes se abriram. Decidi começar a fazer gestão de alojamentos locais, inicialmente de família e amigos. Dei por mim a gerir cinco apartamentos. Aí percebi que a minha vida não passava pela arquitetura, mas sim pelo gosto em gestão de imóveis e quis apostar nisso. Após o nascimento do meu primeiro filho, em 2014, ficou mais difícil gerir os horários e as exigências que um AL requer e procurei algo que desse para conciliar com a minha vida pessoal. Em 2015, encontrei no mundo da mediação imobiliária a parte da arquitetura e conciliar a minha pós-graduação em gestão. Conseguia juntar as minhas duas paixões com a flexibilidade de horários. No entanto, com o passar do tempo, senti que estava a estagnar e que precisava de mais desafios.

Mudei para uma mediadora muito conhecida, onde estive cinco anos, mais ligada a novos empreendimentos. Comecei a sentir-me a estagnar, mais uma vez, e queria aprender mais. Posteriormente fiz mais uma pós-graduação em Gestão e Avaliação Imobiliária. Despedi-me e comecei a trabalhar durante um tempo numa empresa de gestão de projeto para ter mais contacto com gestão de projetos de A a Z.

Em janeiro de 2023 formalizamos e abrimos a empresa SottoMayor Properties oficialmente.

O que eu adoro na mediação imobiliária é o facto de ter a oportunidade de acompanhar um cliente desde o início até ao final e aqui falo mais nos promotores imobiliários, ou seja, na escolha do terreno e na execução do projeto. Faz sentido haver input de uma mediadora que sabe exatamente o que se vende numa determinada zona, tipologias, estilo e faz o estudo de mercado. Gosto muito da parte de conceção e faz sentido acompanhar o projeto desde aí até chegar à parte de vendas por frações.

Atualmente, quantas pessoas fazem parte da equipa?
Somos quatro pessoas. O meu background acaba por ser arquitetura e gestão. Temos o Flávio de comunicação e marketing imobiliário, um verdadeiro perito nesta área. Depois temos o background da Filipa, em Direito, e quando veio para a empresa foi com o objetivo de desenvolver uma parte só focada no investimento imobiliário. A Mindy é de nacionalidade chinesa, fala mandarim e cantonês e é uma mais-valia gigante na empresa, porque abre-nos a porta para um mercado que até hoje não trabalhávamos muito bem. Mesmo chineses que estão cá a viver, procuram-na.

O que é que o investidor pode esperar/ter com as competências que a vossa equipa proporciona?
Em primeiro lugar, nós somos uma equipa pequenina, mas o que oferecemos é um serviço tailor-made, ou seja, é muito personalizado. Vamos ao encontro do que o cliente procura/necessita e, muitas vezes, ele não sabe que necessita. Assim, conseguimos acompanhar os clientes desde o momento zero, sejam eles investidores/promotores imobiliários ou pequenos clientes individuais. O objetivo é acompanhar o cliente em tudo e tratar de todos os pormenores, pois muitas vezes os clientes sentem-se perdidos no processo.

Temos parcerias com empresas de construção civil, com arquitetos e com decoração de interiores que funcionam como complemento do nosso serviço. Temos ainda parcerias com vários escritórios de advogados para toda a parte legal, desde registos de propriedades a processos de imigração por investimento.

Queremos sempre acompanhar o processo e o nosso intuito é com uma visão 360º. O importante é acompanhar e sentir que somos uma mais-valia para o cliente e que isto não é pura e dura mediação imobiliária.

Outra competência importante é a formação. O investidor procura conhecimento técnico que eu considero que é uma falha na maioria da concorrência. É por isso que sou bastante insistente com a formação da equipa, tanto na área da própria construção como na área legal e de fiscalidade, pois temos de ter resposta na ponta da língua para ajudarmos os clientes da melhor forma possível.

Como inclui o tema da sustentabilidade no dia a dia da empresa?
A sustentabilidade, para mim, sempre foi uma paixão. A minha formação incidiu nesse tema e na última pós-graduação tive uma cadeira ligada à sustentabilidade.

A própria legislação já obriga a que haja um grande cuidado com a sustentabilidade, seja com a instalação de painéis solares, seja equipamentos com melhor classificação energética, a construção nova tem determinados requisitos que são obrigatórios, entre outros fatores.

Quando eu acompanho os meus clientes desde do zero, este é um dos temas que gosto de debater com eles, pois ainda não há muita perceção e deveria ser um tema mais debatido e mais falado. Sempre que temos intervenção num projeto, tento alertar para a questão da sustentabilidade.

Depois, na própria empresa, tentamos que a nossa pegada ecológica seja o mais pequena possível. A nossa maior aposta é no digital, temos visitas por videochamada, apostamos no virtual tour que é uma das ferramentas que mais nos ajuda a vender, pois as pessoas podem visitar a casa de forma virtual e podem filtrar se é aquilo que procuram ou não. Com todas estas ferramentas acabamos por evitar deslocações necessárias.

O que planeia nos próximos dois anos?
Nos próximos dois anos queremos desenvolver um departamento específico de imigração por investimento.

Um outro departamento que faz sentido desenvolver é o de gestão de imóveis, porque temos muitos clientes que compram connosco e depois colocam os imóveis no mercado de arrendamento. É uma área em que há pouca aposta e faz sentido pelo acompanhamento de A a Z. Algo que tentamos fazer depois da venda é mantermo-nos em contacto com os clientes compradores para ver se houve algum problema com o imóvel e como podemos resolver.