Uma empresa dedicada ao cliente

Situada em Loures, O Senhor dos Ratos é uma empresa que presta serviços de agente e combate de pragas urbanas. Entrevistamos os irmãos e sócios Ângelo, André e Nuno Godinho e ficamos a conhecer como surgiu o projeto, a metodologia de trabalho que os diferencia e as perspetivas/desafios para o futuro.

O que esteve na origem da fundação da empresa?
André: Somos três irmãos e sócios, mas os meus dois irmãos trabalharam nesta indústria há muito mais anos do que eu. Por circunstâncias da vida, decidi mudar drasticamente o meu modo de vida e consequentemente o meu trabalho. Fui trabalhar para a mesma área que os meus irmãos já trabalhavam. Coincidência ou não, desde o primeiro dia que entrei nesta área tive a perceção que era uma indústria com um elevado potencial, fundamentalmente por ser uma indústria que nunca vai acabar. Por isso, do ponto de vista de empreendedorismo, é um negócio que vai sempre existir, o que permite a possibilidade de haver sempre retorno e, neste caso, oferta.

Ângelo: Eu entrei numa empresa desta área em 2005. Posteriormente foi vendida a uma multinacional. Depois fui para outra empresa onde aprendi muito e tentei moldar-me a essas falhas que existiam no mercado. Até que o André saiu da farmacêutica e veio trabalhar comigo enquanto ajudante e começou a perceber como é que o negócio e a própria atividade funcionavam.

Nuno: Eu comecei na empresa onde os meus irmãos trabalhavam os dois e aprendi muito lá, porque sou eletricista de profissão. Depois mudei de empresa e comecei a ter outra ideia do controlo de pragas a que me fui adaptando. Também tirei formações ao nível de outros insetos que requerem mão-de-obra e máquinas. Acabamos por sair desse trabalho e apareceu uma proposta na manutenção de edifícios onde estive dois anos. Num jantar em casa, o André propôs a abertura do nosso próprio negócio e iniciou-se em novembro de 2019.

Quais são os vossos tipos de clientes?
Neste momento, contamos com 650 clientes em regime de prestação continuada e mais de 1000 serviços pontuais realizados no corrente ano de 2023. Estamos focados na área dos condomínios e na restauração, mas trabalhamos sempre com residências particulares e outro tipo de indústrias.

Porém, o mais importante é garantir a satisfação do nosso cliente que também se torna nosso amigo. Por muito que seja difícil controlar certas situações, porque existem pragas completamente incontroláveis, tentamos sempre fazer o nosso melhor.

Que metodologia de trabalho aplicam e que vos distingue junto dos players?
A nossa metodologia de trabalho passa pelo tratamento que damos ao cliente desde a primeira chamada. Quando nos ligam é sempre alguém responsável pela empresa que atende e logo aí já temos um ponto diferenciador. Não temos uma secretária que passa o contacto até ao vendedor, porque só por aí a informação já chega diferente ao cliente. Na nossa empresa, quando se faz um primeiro serviço é sempre o responsável da empresa que vai fazê-lo. Quem atendeu a chamada e quem fez o serviço foi uma única pessoa, ou seja, há uma confiança acrescida por parte do cliente. Todo o acompanhamento será feito por nós para criar uma base sólida de confiança do cliente connosco. Temos mais dois colaboradores que são técnicos comerciais e que fazem a gestão da nossa rota e dos nossos clientes.

Para terem um método de trabalho linear é imprescindível a formação dos colaboradores…
Sem dúvida. Por exemplo, fazemos questão que os colaboradores venham connosco nos primeiros serviços que vamos.

A formação mais importante é no terreno, mas a formação teórica também é importante para detetar o tipo de pragas e consequentemente utilizar os produtos certos.

Quais são as perspetivas para o futuro d’O Senhor dos Ratos?
Isto é um desafio em termos de método de trabalho. À medida que vamos crescendo, a nossa ideia de trabalho de estarmos presentes vai ser cada vez mais difícil, mas faz parte do nosso trabalho conseguirmos formar e convidar um dia um colaborador nosso a fazer esse papel de igual maneira ou melhor.

Em termos de trabalho vai ser cada vez mais exigente, porque há cada vez mais restrições dos agentes utilizados, pois é uma indústria que obriga ao uso de inseticidas. O futuro vai passar por isso e já estamos a trabalhar na prevenção que vai ser a grande chave do sucesso. Queremos fazer com que os 650 clientes que temos não voltem a ter o problema, esse é que é o ponto mais importante e é nisso que vamos trabalhar e formar.

Estes são alguns desafios que vamos enfrentar no futuro, confiando nos nossos fornecedores que são grandes empresas químicas.

No futuro estão a pensar na expansão do negócio?
No nosso ponto de vista estamos no coração do problema. Por isso, se abrirmos uma delegação noutro local, o nosso foco vai centrar-se no distrito de Lisboa. É uma empresa de pragas urbanas e estamos no maior centro urbano do país. Apesar disso, todos os nossos clientes que tenham delegações noutros locais do país fazemos questão de ir resolver.

A expansão não é o nosso objetivo, mas sim estarmos o mais presente possível junto dos nossos clientes. Com isso queremos continuar a crescer, o que vai obrigar a novos colaboradores. O nosso objetivo vai ser sempre formar para manter a qualidade do nosso serviço.