Energetus – Soluções energéticas personalizadas à medida das suas necessidades

Integrada no grupo Energetix e com mais de 60 anos de atividade, a Energetus revelou-se pioneira na oferta de soluções energéticas adaptadas às exigências de cada cliente. Desde a sua chegada a Portugal, a empresa tem evoluído para atender às necessidades do mercado, focando-se em projetos que abrangem desde centrais elétricas tradicionais (combustíveis fósseis) até soluções renováveis (hídrica, eólica e solar). Pedro Neves, Diretor Geral da Energetus, partilha a sua visão sobre a evolução da empresa, do setor e os desafios futuros

COMO SURGIU A ENERGETUS EM PORTUGAL E QUAL A HISTÓRIA POR TRÁS DA FUNDAÇÃO?
A Energetus, integrada no grupo Energetix, tem uma história de mais de 60 anos no mercado. Em 1952/1953, a SULZER, empresa suíça de base tecnológica, abriu uma sucursal em Portugal, mais concretamente em Lisboa, com foco na produção de energia a partir de motores diesel e sistemas centralizados de climatização. Além disso, o setor têxtil era outra das grandes áreas onde operavam.
Com a reestruturação do grupo SULZER, nos anos 2000, as duas principais áreas de negócio perderam importância, o que levou os suíços a considerar a saída do mercado português. No entanto, a equipa de gestão acreditou no potencial da empresa e fez a aquisição da oportunidade de negócio, através de um Management Buy Out. Assim, nasce a história da Energetus. Desde então, a empresa está dedicada ao projeto, construção e manutenção de centrais produção de energia elétrica e de cogeração, atualmente com um foco crescente na energia renovável, mas mantendo também atividades nos combustíveis fósseis, especialmente com clientes como a Eletricidade da Madeira e a Eletricidade dos Açores, que continuam a depender dessas fontes de energia no seu mix de produção, devido à sua especificidade geográfica.
DE QUE FORMA DESENVOLVEM SOLUÇÕES ENERGÉTICAS PERSONALIZADAS PARA CADA CLIENTE?
Na Energetus, o processo começa por entender minuciosamente as necessidades de cada cliente e a partir daí desenvolvemos uma solução à sua medida. Tudo isto abrange desde a engenharia, a definição e aquisição dos equipamentos, até à construção, colocação em funcionamento e, posteriormente, a manutenção das centrais elétricas e/ou de cogeração. Sempre que é necessário um projeto chave na mão, incluímos também a parte da construção civil, onde temos parceiros com quem trabalhamos nesta área. A par disso, estamos muito ativos na área de manutenção, com particular destaque para os grupos geradores, o que faz com que a ligação com o cliente dure muitos anos.
Considero que esta atividade, a manutenção, é muito importante sendo uma área onde temos vindo a conquistar espaço aos players (fabricantes) estrangeiros, mas sempre numa lógica colaborativa com os mesmos, e de valor acrescentado para os clientes. O nosso objetivo é criar valor para os nossos clientes, especialmente através da redução das emissões de CO2, seja por adoção de tecnologias mais eficientes ou por substituição de motores a fuel-óleo para motores a gás natural, sempre que possível, e esperamos num futuro não muito longínquo poder evoluir para motores a H2 verde.
Estamos também presentes, com bastante intensidade, na área das energias renováveis. Somos das poucas empresas em Portugal que, não sendo fabricante de aerogeradores, construíu vários parques eólicos chave na mão. Neste momento, estamos muito ativos no fotovoltaico, área em que vamos seguindo a tendência do mercado. Fizemos centrais fotovoltaicas de autoconsumo para vários clientes que tinham centrais de cogeração a gás natural, também projetadas e construídas por nós, bem como várias centrais fotovoltaicas para injeção de eletricidade na rede pública.
Além das centrais elétricas, em que outras áreas a Energetus está presente?
Apesar do nosso core business ser o projeto e construção de centrais elétricas, também estamos presentes na manutenção dos equipamentos, com especial destaque para os grupos geradores. Sendo a produção de energia uma área de capital intensivo, reconhecemos a importância, para o cliente, da manutenção, nomeadamente como fator de garantia de segurança e eficiência dos equipamentos, pelo que temos crescido e investido significativamente nessa área.
COMO SE DIFERENCIAM NO MERCADO?
A nossa diferença passa por oferecer soluções e serviços personalizados à medida de cada um dos nossos clientes. Além disso, já estamos certificados na qualidade e estamos na fase final da certificação de ambiente e segurança. Acreditamos que o nosso fator de sucesso é a diferenciação pela proximidade ao cliente e flexibilidade nas soluções e serviços prestados.
Como descreve a equipa da Energetus?
Atualmente, o grupo tem 70 trabalhadores e contamos com diversos parceiros tecnológicos a quem recorremos para obter os equipamentos de geração que incorporamos nos nossos projetos. A equipa é constituída por diferentes departamentos que vão desde engenheiros mecânicos, eletrotécnicos, desenhadores, projetistas, engenheiros de manutenção, técnicos de manutenção, mecânicos, elétricos até engenheiros de automação.
O nosso foco principal e o verdadeiro valor são as pessoas que cá temos. Temos uma equipa multidisciplinar, constituída por homens e por mulheres, uma parte significativa muito jovem e maioritariamente portugueses, o que é um motivo de orgulho, ver que somos atrativos para as novas gerações que saem das nossas escolas.
Na sua perspetiva, como vê a evolução do setor energético nos próximos anos?
A transição para energias renováveis é inevitável. A neutralidade carbónica é o caminho que devemos percorrer. A eletrificação, o hidrogénio verde e os combustíveis sintéticos são vetores fundamentais nessa transição, especialmente para setores como o transporte marítimo e rodoviário. Na Energetus, estamos preparados para adquirir novas competências nesse contexto, incluindo a gestão digital da produção e armazenamento de energia.
Quais são os principais desafios futuros que a Energetus tem para continuar a acompanhar a evolução do setor?
Um dos principais desafios é acompanhar de perto a evolução tecnológica e as rápidas mudanças no setor energético. Precisamos de garantir que estamos sempre na vanguarda tecnológica através da aquisição de novas competências. Juntamente com a eletrificação de diversos setores da economia, precisamos de dar o passo seguinte, que é estar na parte digital. A gestão da produção e do consumo, o produzir e armazenar para depois utilizar naquela hora, ou seja, tudo isto é cada vez mais suportado em sistemas digitais e, portanto, estamos já a trabalhar para ter competências nesta área também. Os clientes vão querer ter um parceiro que não só lhes construa a solução de produção e armazenamento mas que também lhes consiga prestar este serviço de gestão de energia.