O grupo Proquimia nasce em 1971 como uma empresa familiar, próxima dos clientes e com soluções transparentes. O diretor da Proquimia em Portugal, António Rodrigo, conversou com a revista Qualidade & Inovação sobre os desafios do setor, a aposta cada vez mais acentuada na sustentabilidade ambiental, nunca esquecendo o que está reservado para o futuro da empresa.
Como caracteriza a Proquimia?
Somos uma multinacional de cariz familiar e já estamos em mais de 20 países, de forma direta e indireta. Em Portugal começamos os negócios, de forma indireta, em 1998. Porém, em 2005 formamos uma empresa portuguesa que pertence ao grupo Proquimia. Portanto, como empresa portuguesa estamos no mercado desde 2005.
Eu entrei em 2006, numa fase em que o principal objetivo era desenvolver o negócio, em Portugal, à imagem daquilo que temos na Proquimia Espanha e no resto do grupo. A partir daí, desenvolvemos as principais áreas de negócio da empresa: Unidade de Higiene e Unidade de Tecnologia e Química, áreas em que temos feito o nosso caminho até hoje.
Quais são as áreas em que atuam?
Na Unidade de Tecnologia e Química estamos a falar de tratamentos de superfícies, transporte, manutenção industrial e tratamento de águas industriais (caldeiras e torres de refrigeração).
A unidade de Higiene apresenta duas grandes divisões: Institucional, ou seja, o canal Horeca (hotéis, restaurantes, empresas de limpeza) e Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas (ERPI), e depois temos a Divisão Alimentar que vai desde a pecuária até à indústria alimentar transformadora (lacticínios, carnes, vegetais, conservas, bebidas).
Um dos valores da Proquimia é a aposta na sustentabilidade ambiental. De que forma estão presentes os três R’s – Reduzir, Reutilizar e Reciclar?
Desde que entrei no grupo que encontrei no ADN uma grande componente de sustentabilidade ambiental. Os três R’s estão sempre presentes no desenvolvimento de novos produtos, soluções e divulgação. Tentamos ao máximo reduzir a quantidade de matérias primas e plástico que colocamos no mercado.
Em relação à reciclagem, já começamos a ver muita tecnologia e muito investimento nas empresas, ou seja, a economia circular. Aquilo que antes era um subproduto, hoje em dia é uma matéria-prima, um recurso para entrar no circuito de valor da empresa.
O que pretendemos até 2025 é que todas as embalagens da Proquimia tenham a quantidade máxima possível de plástico recuperado (PCR). Estamos a fazer um caminho para mudar todas as embalagens.
Como vê a evolução do grupo Proquimia?
O grupo Proquimia tem como objetivo, nos países onde está, ter um forte crescimento. Em Espanha, estamos no top 3 das empresas e nos outros países também queremos chegar ao top 3.
Em Portugal, a pandemia veio atrasar o projeto que tínhamos em 2019, um forte crescimento da cota de mercado que tínhamos em Portugal com este modelo de negócio da sustentabilidade ambiental.
A evolução deste mercado e da Proquimia vai ser apostar, cada vez mais, nos três R’s: menor quantidade de plástico possível; bolsas hidrossolúveis; chegar ao mercado com plástico que seja 100% reciclado e 100% reciclável para não colocar novo plástico no planeta e apostar nos IoT’s.
É por isso que nos definimos como “Química transparente”, pois não temos nada a esconder ao mercado e aos clientes e queremos que o nosso único foco seja a equipa e a qualidade da mesma, bem como a criação de valores para o cliente.
O que está reservado para o futuro da vossa empresa?
Uma das grandes apostas para o futuro é a tecnologia IoT em que controlamos à distância equipamentos de grandes clientes para evitar que exista descontrolo no processo. Esta tecnologia vai permitir oferecer aos clientes mais e melhores serviços sustentáveis.
Estamos também a apostar muito na formação dos nossos clientes. Qualquer cliente Proquimia pode aceder ao seu plano de formação via MyProquimia.
Como pretendemos a liderança na satisfação do cliente, é muito importante o contínuo crescimento das competências das pessoas, melhoria dos processos internos e contínua aprendizagem e gestão do conhecimento da empresa.