SEDIADO NO MONTIJO, O GABINETE DE ARQUITETURA JOÃO FELICÍSSIMO ARQUITECTOS FOI FUNDADO EM 2017, APÓS ANOS DE COLABORAÇÃO E PARCERIAS COM OUTROS PROFISSIONAIS DA ÁREA. JOÃO FELICÍSSIMO FOI NOSSO ENTREVISTADO NESTA EDIÇÃO E RECORDOU O SEU TRAJETO PROFISSIONAL, SEMPRE ACOMPANHADO PELA CURIOSIDADE, DEDICAÇÃO E PAIXÃO PELA ARQUITETURA. A ESPECIALIZAÇÃO EM HABITAÇÃO E O ATENDIMENTO PERSONALIZADO SÃO AS MARCAS DO SEU ATELIER, QUE VALORIZA AS RELAÇÕES INTERPESSOAIS E A ADAPTAÇÃO ÀS NECESSIDADES DOS CLIENTES.
FALE-NOS DO SEU PERCURSO ATÉ CHEGAR À CRIAÇÃO DA JOÃO FELICÍSSIMO ARQUITECTOS.
Eu sou arquiteto e formei-me na Universidade Lusíada, na qual me licenciei e fiz mestrado. Durante o processo e logo após a licenciatura, iniciei a minha atividade enquanto arquiteto em colaboração com outros colegas e parceiros. Desde 2005 que me dediquei por inteiro a esta área, a qual sempre me despertou atenção, daí a minha formação e dedicação à mesma. Sempre fui muito curioso e na faculdade pedia para ir ao atelier dos professores e tentava colaborar. A curiosidade, ainda hoje, é algo muito inerente em mim e é o motor de pesquisa e procura constante de novas ideias e conhecimento, que me permitem estar sempre a evoluir, a crescer e responder o melhor possível aos clientes, atualizando no tempo e no espaço a nossa linguagem e identidade.
Durante nove anos colaborei com uma colega num atelier, e desde 2017 optei por continuar o caminho sozinho, de onde nasceu o gabinete João Felicíssimo Arquitectos.
O QUE DISTINGUE O SEU ATELIER DE ARQUITETURA DOS OUTROS NO MERCADO?
A ideia de transversalidade entre projeto e obra sempre foi algo presente no meu dia a dia de trabalho. Não é apenas dedicar tempo ao projeto, mas também transportá-lo para o momento da execução da obra, concretizando assim o plano fisicamente idealizado com o cliente. O foco do atelier está centrado essencialmente nos projetos particulares na habitação. Apesar de desenvolvermos projetos também noutras valências (equipamentos, serviços), não é o maior volume de trabalho do atelier. Aquilo em que nos especializamos e onde somos diferenciados, é na habitação e contacto com o cliente particular. Esta abordagem permite iniciar um trabalho e levá-lo desde a primeira conversa, onde são identificadas as pretensões e ideias do cliente, até o mesmo habitar e viver o espaço criado. Este trabalho exige uma maior aproximação ao cliente de forma a poder colocar no papel aquilo que são as suas ideias.
Tanto desenvolvemos um projeto de menor dimensão como de grande escala, quer na requalificação urbana, quer na reabilitação do imóvel ou de vários imóveis, como construir de raiz vários edifícios ou uma habitação simples.
Fazemos um acompanhamento personalizado durante todo o processo, o que exige de nós uma dedicação física e de atenção, quase, pessoal. Essas relações interpessoais são o elemento diferenciador, e que têm impulsionado o atelier e a procura por ele. É o foco no cliente, o elemento chave.
COMO É COMPOSTA A SUA EQUIPA E QUE PARCERIAS MANTÉM ATUALMENTE?
No total, a minha equipa é composta por seis elementos, todos arquitetos. Depois, temos um parceiro arquiteto e três engenheiros em Alcácer do Sal. Além disso, contamos com uma parceria com um gabinete de advogados que nos ajuda na parte jurídica e que, atualmente, é essencial em todos os processos.
DE QUE FORMA O ATELIER SE ADAPTA ÀS NOVAS FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS?
A BIM é uma ferramenta em constante evolução e temos de nos adaptar para o futuro. Temos uma equipa jovem e multidisciplinar que também absorve essa informação e se mantém em permanente atualização sobre as novas ferramentas tecnológicas. A nossa abordagem é diferenciadora não apenas por uma especialidade e tecnologias, como também por uma arquitetura que se envolve com o trabalho da estrutura, infraestruturas, sustentabilidade, o isolamento térmico da casa e os equipamentos que colocamos. Conseguimos ter tudo isso de forma integrada, criando ambientes homogéneos onde a tecnologia/sustentabilidade e o design se complementam naturalmente.
QUE AMBIÇÕES DESEJA ALCANÇAR NOS PRÓXIMOS ANOS?
O percurso tem tido altos e baixos, mas encaro o futuro com otimismo. O futuro é projetado na perspetiva de desenvolver o nosso trabalho essencialmente na região onde estamos sediados, apesar de desenvolvermos atualmente projetos pelo país inteiro. Estamos centrados no desenvolvimento de projetos na habitação, pois é um setor que precisa e tem margem de crescimento.
Em paralelo, gostaria que se valoriza-se mais o papel da arquitetura e do arquiteto na sociedade, e da importância que têm no processo de criação de espaço, cidade e seu quotidiano.
