Jorge Nascimento, Diretor de Marketing da Tintas Robbialac, reage com “enorme satisfação” ao “Prémio 5 Estrelas” atribuído nas categorias de “Loja de Tintas” e “Tinta para Exterior”, salientando “o carácter isento e rigoroso” deste estudo. Reconhece ainda que o mercado mudou, e que as mutações já se fazem sentir em toda a cadeia de valor, e no comportamento dos Clientes.
Há cerca de 3 anos, quando assumiu o cargo de Diretor de Marketing da Tintas Robbialac, afirmou que o desafio passaria por potenciar a visibilidade e reputação da marca e reforçar a presença no mercado nacional. Concretizou esses objetivos? Há mais algum que pretenda realçar?
As metas, quando são ambiciosas, nunca estão verdadeiramente atingidas em pleno. A marca atingiu, segundo os últimos dados a que temos acesso (2018/19), os maiores níveis de sempre de notoriedade ‘top-of-mind’, bem como de afinidade e consideração de compra. Em paralelo, reforçámos alguns dos eixos da reputação da marca onde, historicamente, temos registado um ‘gap’ menor VS concorrência e iremos consolidar este ano a posição de mercado em categorias com peso, mas onde detínhamos um market share abaixo da média geral. Contudo, considero que temos pela frente um desafio cada vez maior de conversão e frequência de compra, especialmente num novo contexto que parece ter chegado para ficar, onde a perceção de qualidade é avaliada de forma diferente, onde a integração omnicanal se irá tornar chave e onde a componente serviço irá ganhar um peso ainda mais relevante. Realçamos que, num panorama de pandemia e teletrabalho, a Robbialac com 90 anos de existência, se converteu numa autêntica “start-up”, dinamizando novos projetos, lançando mais de dez novas iniciativas de inovação e desenvolvimento de produtos, adaptando diariamente a sua ação no terreno, e os seus processos de trabalho, de olhos atentos ao feedback dos nossos Clientes.
A Tintas Robbialac foi galardoada, pelo 5.º ano consecutivo, com o “Prémio 5 Estrelas” na categoria de “Loja de Tintas” e o reconhecimento na categoria “Tinta para Exterior”, ambas com percentagens superiores a 85 por cento. Explane a sua reação à atribuição destes prémios e o que os diferencia dos similares.
A nossa reação foi de enorme satisfação, apesar de ambos os prémios serem renovações de categorias onde já éramos vencedores. Estreámo-nos na categoria de “Tinta para Exterior” no ano passado, vencendo agora novamente com o Protecor, que faz parte de uma gama de produtos desenvolvidos 100 por cento em Portugal, na área das fachadas, com um posicionamento diferenciador no mercado. Nas “Lojas de Tinta” também fomos vencedores em todas as participações até aqui, com destaque pelo nível de confiança pelo serviço e atendimento prestado. O que mais valorizo é o carácter isento e rigoroso com que o estudo é feito, incluindo cliente-mistério ou testes cegos com profissionais (no caso das categorias de produto), dando insights preciosos sobre onde a qualidade percebida é a que pretendemos e onde estão as oportunidades de melhoria futura.
Apresente alguns dos principais desafios, para o universo Tintas Robbialac, a médio prazo.
Claramente, a reabilitação urbana e a procura por soluções que cada vez mais facilitem o dia a dia do pintor, são desafios importantes para a nossa evolução, bem como a simplificação da gama e otimização de processos, enquanto procuramos acelerar o ciclo de inovação e levá-la além do contexto meramente de Produto. Por outro lado, o paradigma do Retalho irá sofrer alterações significativas, a nível de experiência de compra, de estratégia de localização e mix de serviços, o que nos dará oportunidade de renovar alguns aspetos da nossa estratégia e ‘footprint’. Adicionalmente, o ecossistema digital deu um salto em frente tremendo e permitir-nos-á ampliar o impacto da marca e da sua oferta de forma mais direta e eficiente que nunca. Penso também, e numa nota mais geral, que a cultura organizacional das empresas terá de sofrer uma renovação acelerada, tendo em conta que iremos sair deste período de pandemia claramente diferentes, com alterações disruptivas nos padrões de trabalho, de interação colaborador/empresa, ‘work-life balance’ e de alteração de prioridades nos valores pessoais e da Comunidade. As componentes de Gestão de Pessoas, de retenção de talentos e de ferramentas de IT passarão a ser, desta forma, vantagens competitivas e devem ser vistas numa perspetiva de visão estratégica, não podendo voltar a ser equacionadas nas empresas como meras rotinas funcionais e dando espaço a novas formas de colaboração e produtividade.