“Trabalhamos em qualidade e não em quantidade”

Sediada em Alenquer, a Dolcerigor destaca-se pelo trabalho assente na qualidade e no detalhe. Dulce Pereira, CEO da Dolcerigor, esteve à conversa com a revista Qualidade & Inovação e salientou a dedicação que têm junto do cliente, bem como as perspetivas para o futuro.

A Dolcerigor foi fundada em 2020 mas conta com uma vasta experiência no mercado. Como criou esta oportunidade de negócio?
Sim é verdade. Temos a experiência de mais de vinte anos na área da Contabilidade. Após muita dedicação à profissão e investimento na formação, surgiu a oportunidade de criar a empresa e a decisão foi tomada no momento certo.

Quais são as principais valências que oferecem ao cliente e que vos tornam diferentes numa área competitiva?
As nossas principais valências são a confiança, a honestidade, a responsabilidade, o rigor, a transparência e o gosto pela profissão.
O nosso foco é o cliente. O empenho vai muito para além de trabalharmos os números, pelo que estamos sempre atentos às necessidades dos nossos clientes e para isso trabalhamos minuciosamente no detalhe, em qualidade e não em quantidade. A nível técnico procuramos desenvolver competências para sermos cada vez mais eficientes e inovadores. Temos formação constante em diversas áreas para além da Contabilidade. Utilizamos métodos de trabalho e de organização sustentáveis, que nos permitem poupar tempo e recursos.
Os nossos clientes contam com o nosso acompanhamento permanente nas diferentes áreas de intervenção, como a Contabilidade, a Fiscalidade, a Consultoria, a Análise Financeira ou a Gestão Empresarial. 

Desenvolveram uma app para Android. Quais são as funcionalidades e as mais-valias com a utilização desta aplicação?
A Dolcerigor pauta-se por um acompanhamento inovador aos seus clientes. Vivendo nós numa sociedade de informação, onde a informação digital tem acesso cada vez mais facilitado, cabe-nos a nós acompanhar este desenvolvimento em prol do sucesso do nosso cliente.
A criação da app “Mydolcerigor” é uma oportunidade de solidificar a nossa marca a partir de uma necessidade real do cliente e desenvolver uma relação duradoura e lucrativa com os mesmos. A aplicação está desenvolvida para o sistema operativo Android, numa fase inicial. Contará com várias funcionalidades de apoio à gestão digital de cada cliente. Entre elas destacam-se a área de cliente com repositório da documentação de cada empresa, envio de faturas, digitalização de faturas, serviço de tickets de apoio, apoio em vídeo reunião, serviço de notificações, etc.
Resumindo, pretendemos automatizar os processos de gestão contabilística, por forma a que o nosso cliente se sinta o mais cómodo possível com eles, que por vezes são muito burocráticos.

Na vossa perspetiva, qual a importância do primeiro contacto com o cliente?
O primeiro contrato com o cliente é fulcral para o sucesso da parceria empresarial e o mesmo nem sempre ocorre na sala de reuniões. Mas, independentemente do local, na nossa perspetiva o mais importante nesse primeiro contacto é a empatia. Temos de ter a capacidade de nos colocarmos no lugar do outro, de saber ouvir e percecionar o que o outro sente, necessita e quais as suas expectativas.

Já a pensar em 2023, quais são as expectativas para o próximo ano que se avizinha?
A nível profissional estamos perante um ano de desafios.
No Congresso da Ordem dos Contabilistas Certificados, que se realizou em setembro
passado e em que o tema foi a sustentabilidade, tomamos consciência do quão importante será o relato não financeiro nas contas das empresas. Nós, os Contabilistas Certificados, somos a peça chave para auxiliar os nossos empresários nas métricas a atingir. 
No que concerne à nossa empresa, estamos num período de transição para a digitalização do processo contabilístico.
A nível do tecido empresarial, os nossos clientes têm negócios bem consolidados e apesar das incertezas, são resilientes. 

Perspetivamos que a nível nacional, ocorram algumas insolvências e consequente desemprego, devido ao agravamento da inflação, à crise energética e à falta de bens. Mas, “é na adversidade que uns desistem e outros batem recordes”, já dizia Ayrton Senna. Já assistimos, quer na anterior crise, quer na pandemia, a uma superação e a um reinventar dos nossos empresários, no entanto, os tempos são outros e será importante que o Governo auxilie as empresas.

Aceder a um fundo europeu por parte das empresas, implica seguir um roteiro preciso de procedimentos, mas também algumas cautelas. Sabemos que a Dolcerigor trabalha esta área com os seus clientes. Pode explicar-nos melhor este processo?
O processo é muito burocrático e requer todo um acompanhamento rigoroso, desde o estudo inicial do programa e do cumprimento dos requisitos, passando pela submissão da candidatura, a certificação da correta execução do projeto e os pedidos de pagamentos. 

Importa referir que ainda está por executar, uma quantia significativa do programa de apoio ao investimento Portugal 2020.